domingo, 6 de maio de 2012

Novo VLT promete grandes mudanças na avenida Fernandes Lima


Projeção mostra como deve ficar a Avenida Fernandes Lima, na altura do Cepa, com a operação do VLT
Com a estimativa de atender cerca de 140 mil passageiros por dia, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Maceió deve modificar a paisagem urbana, o trânsito e o serviço de transporte público na capital. As obras têm previsão de início para agosto do ano que vem, e a promessa é de que o novo meio de transporte só comece a operar de forma experimental no final de 2014, em apenas um dos seus trechos. Mesmo assim, a obra do Governo do Estado já desperta a curiosidade da população.
Anunciado pelo governo como um projeto que tem visão de futuro e que vai “garantir a qualidade do transporte na região metropolitana”, o novo VLT ligará o Centro de Maceió ao aeroporto Zumbi dos Palmares, através de uma linha de mão-dupla que passará pelas avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro.
O primeiro trecho a ser executado a partir de 2013 vai do Centro às proximidades do supermercado Makro, no Tabuleiro do Martins, e custará R$ 280 milhões. O governo ainda não divulgou a previsão de construção da segunda e última etapa da obra, que ampliará o percurso até o aeroporto.
A proposta é de que haja uma estação de passageiros a cada 1 km, fazendo com que o tempo de espera dos passageiros nas paradas seja de, no máximo, 10 minutos.
Entre todas as mudanças decorrentes do projeto, a que chama mais atenção é a retirada dos ônibus urbanos, intermunicipais e interestaduais da Avenida Fernandes Lima, que se tornou um verdadeiro gargalo no tráfego de veículos dentro da cidade. Para que isso aconteça, serão construídas duas novas rodovias intermunicipais que ligarão o aeroporto Zumbi dos Palmares ao Litoral Norte e ao Litoral Sul, e a rodoviária será transferida para uma área próxima ao aeroporto. O Terminal Rodoviário do Feitosa, o único que atende a capital atualmente, será desativado com a mudança.
As novas alças viárias, segundo a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), concentrarão todo o fluxo de ônibus e serão vias alternativas à Fernandes Lima; uma nova opção para veículos de passeio e caminhões. Uma delas já está em construção: é a chamada Alça da Flamenguinha, que seguirá do aeroporto até o município de São Luiz do Quitunde.
“Com isso, nós tiramos todos os ônibus da Fernandes Lima, inclusive os interurbanos e interestaduais, melhorando consideravelmente o fluxo de carros na avenida”, explica o secretário de Infraestrutura, Marco Fireman.
Dezessete estações ao longo do percurso
As 18 composições – como são chamados os veículos – passarão por um total de 17 estações na nova linha do VLT de Maceió, quando a obra estiver totalmente concluída.
Entre elas, há paradas de embarque e desembarque e estações de integração com outras modalidades de transportes. Essas últimas receberão os passageiros que virão, por exemplo, das linhas de ônibus que vão circular restritamente em bairros cortados pelas avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro. Ao chegar ao terminal de integração, os usuários terão acesso ao VLT para concluir seu itinerário.
Na primeira etapa da obra, serão construídas oito estações, sendo três de integração, um terminal central e outras quatro estações de uso comum.
A nova paisagem
De acordo com o projeto, a maior mudança na paisagem da capital será a incorporação dos trilhos, estações e dos próprios vagões do VLT. O projeto garante a preservação nas duas avenidas, por exemplo, do canteiro central – motivo de elogios da população à administração municipal, que arborizou e revitalizou as áreas, antes descuidadas.
Em entrevista à imprensa, o secretário Marco Fireman explicou que, da largura necessária para a implantação da linha, cerca de 70% serão retirados da faixa de rolamento, mas os outros 30% sairão dos dois lados do canteiro, única parte verde das avenidas.
Metade dos recursos garantidos
O Governo do Estado conseguiu inserir o projeto no Programa de Aceleração do Crescimento de Mobilidade – PAC 2. Com isso, quase metade do custo das obras será arcada pelo governo federal. A União investirá R$ 137 milhões, enquanto os R$ 147 milhões restantes sairão de recursos próprios do Tesouro Estadual. No total, a primeira etapa do VLT de Maceió custará R$ 280 milhões.
Segundo a Seinfra o projeto executivo será concluído ainda este ano e, no início de 2013, deve ser feita a licitação que escolherá a empresa responsável pela obra.
“A obra vai dar melhor qualidade de vida a toda a população do Benedito Bentes e da região do Tabuleiro, além de melhorar o trânsito até a capital, levando benefícios a mais de 140 mil pessoas”, disse o governador Teotonio Vilela Filho durante o anúncio da obra, em cerimônia realizada em Brasília no último dia 24 de abril.

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