segunda-feira, 14 de maio de 2012

Haj Mussi garante ‘atuação discreta’ em investigações

Em coletiva, novo superintendente da PF em AL cita necessidade de concurso público ao lamentar carência de servidores



Em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (14), o novo superintendente da Polícia Federal (PF) em Alagoas, delegado Omar Gabriel Haj Mussi, elogiou o trabalho desempenhado pela gestão anterior - do delegado Amaro Vieira -, mas garantiu que a atuação policial se dará de forma mais discreta quanto aos processos investigativos. Outro ponto relevante abordado pelo novo gestor versa sobre a carência de servidores do quadro administrativo, 'que necessita ser sanada por meio de concurso público'. 

Mussi iniciou sua fala destacando o combate ao crime organizado e ao desvio de recursos públicos como prioridades à frente da superintendência. Segundo ele, o órgão já vem lidando, a contento, com casos corriqueiros, como controle de estrangeiros, emissão de passaportes e apreensão de produtos químicos, além das situações em que fica caracterizado o chamado crime 'de colarinho branco'. 

“A PF não vai se furtar a investigar tais crimes, visto que vai continuar cumprindo seu papel constitucional”, declarou Omar, lamentando a falta de projeto para combate às drogas. “Queremos atuar principalmente no combate ao crack, um problema atual e que atinge muitas famílias, destruindo sonhos", completou.

A superexposição de agentes e delegados também foi outro ponto colocado em discussão, com o delegado garantindo que o segredo de justiça deverá ser mais respeitado. “A minha atuação será mais discreta e iremos evitar ‘dispersões’ no decorrer das investigações, mas sem esquecer o direito à informação, destinado à imprensa”, salientou. 

A posse de Omar Gabriel Haj Mussi poderá ocorrer no próximo dia 23, reunindo representantes da Polícia Federal e do Poder Judiciário, entre outras autoridades e políticos, na sede da superintendência, situada no bairro de Jaraguá. 

Estrutura

Mussi classificou a estrutura do prédio-sede como “privilegiada”, além de citar a existência de bons equipamentos em suas dependências. “O que ainda se percebe é a carência de servidores, a ser sanada em breve por meio de concurso público. Apesar da falta de funcionários, a quantidade de que dispomos dá o melhor de si para o sucesso dos nossos trabalhos”. 

Operações

Contudo, sobre grandes operações como Guabiru - deflagrada em 17 de maio de 2005 - e Taturana - 06 de dezembro de 2007 -, Mussi falou muito brevemente, por conhecê-las somente agora, quando de sua chegada ao Estado de Alagoas, na semana passada. No entanto, o delegado ressaltou que tanto as ações de grande porte, como outras operações consideradas 'mais simples', seguem em andamento, totalizando um montante de quase 1.500 inquéritos. 

Eleições

Já quando questionado a respeito da atuação da PF no período eleitoral, o superintendente destaca a conclusão de um planejamento exigido pela coordenação do órgão em Brasília. Todavia, reforça a necessidade de apoio do poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.


Fonte: http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=313200&e=12

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