Em coletiva, novo superintendente da PF em AL cita necessidade de concurso público ao lamentar carência de servidores
Em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (14), o novo superintendente da Polícia Federal (PF) em Alagoas, delegado Omar Gabriel Haj Mussi, elogiou o trabalho desempenhado pela gestão anterior - do delegado Amaro Vieira -, mas garantiu que a atuação policial se dará de forma mais discreta quanto aos processos investigativos. Outro ponto relevante abordado pelo novo gestor versa sobre a carência de servidores do quadro administrativo, 'que necessita ser sanada por meio de concurso público'.
Mussi iniciou sua fala destacando o combate ao crime organizado e ao desvio de recursos públicos como prioridades à frente da superintendência. Segundo ele, o órgão já vem lidando, a contento, com casos corriqueiros, como controle de estrangeiros, emissão de passaportes e apreensão de produtos químicos, além das situações em que fica caracterizado o chamado crime 'de colarinho branco'.
“A PF não vai se furtar a investigar tais crimes, visto que vai continuar cumprindo seu papel constitucional”, declarou Omar, lamentando a falta de projeto para combate às drogas. “Queremos atuar principalmente no combate ao crack, um problema atual e que atinge muitas famílias, destruindo sonhos", completou.
A superexposição de agentes e delegados também foi outro ponto colocado em discussão, com o delegado garantindo que o segredo de justiça deverá ser mais respeitado. “A minha atuação será mais discreta e iremos evitar ‘dispersões’ no decorrer das investigações, mas sem esquecer o direito à informação, destinado à imprensa”, salientou.
A posse de Omar Gabriel Haj Mussi poderá ocorrer no próximo dia 23, reunindo representantes da Polícia Federal e do Poder Judiciário, entre outras autoridades e políticos, na sede da superintendência, situada no bairro de Jaraguá.
Estrutura
Mussi classificou a estrutura do prédio-sede como “privilegiada”, além de citar a existência de bons equipamentos em suas dependências. “O que ainda se percebe é a carência de servidores, a ser sanada em breve por meio de concurso público. Apesar da falta de funcionários, a quantidade de que dispomos dá o melhor de si para o sucesso dos nossos trabalhos”.
Operações
Contudo, sobre grandes operações como Guabiru - deflagrada em 17 de maio de 2005 - e Taturana - 06 de dezembro de 2007 -, Mussi falou muito brevemente, por conhecê-las somente agora, quando de sua chegada ao Estado de Alagoas, na semana passada. No entanto, o delegado ressaltou que tanto as ações de grande porte, como outras operações consideradas 'mais simples', seguem em andamento, totalizando um montante de quase 1.500 inquéritos.
Eleições
Já quando questionado a respeito da atuação da PF no período eleitoral, o superintendente destaca a conclusão de um planejamento exigido pela coordenação do órgão em Brasília. Todavia, reforça a necessidade de apoio do poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/noticia.php?c=313200&e=12
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