sexta-feira, 18 de maio de 2012

MPE pede à Justiça a prisão de Toninho Lins, prefeito de Rio Largo


Toninho Lins teve prisão preventiva solicitada ao Tribunal de Justiça
O procurador-geral de Justiça Eduardo Tavares Mendes pediu, na noite desta quinta-feira (18), a prisão do prefeito de Rio Largo, Toninho Lins. A solicitação foi feita ao Tribunal de Justiça, já que o prefeito tem foro por prerrogativa de função.
Toninho Lins é suspeito de participar do esquema da venda ilegal de um terreno na cidade de Rio Largo por um valor quase 30 vezes menor do que o avaliado no mercado, esquema denunciado em primeira mão pela TV Pajuçara e que passou a ser investigado pelo Ministério Público Estadual.
Na noite de ontem, a Câmara Municipal da cidade foi cercada por homens da Força Nacional e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Sete vereadores acabaram sendo presos, além de outras duas pessoas. Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão pela 17ª Vara Criminal.
Os vereadores presos são: Jefferson Alexandre (PP), Reinaldo Cavalcante (PP), Ionaide Cardoso (PMDB), Aurízio Espiridião da Hora (PP), Cícero Inácio Branco (PMDB) e Milton Pontes (PPS). Também foi preso o suplente de vereador José Nilton Gomes de Souza - o Nilton da Farmácia (PSB) - que assumiu o cargo em outubro de 2010, no lugar do vereador Jean Móveis (PRP), e participou da votação que desapropriou o terreno por unanimidade.
Três vereadores não compareceram à sessão ordinária da Câmara e não foram encontrados pela polícia, sendo considerados foragidos: Luiz Felhipe Malta Buyers, o Lula Leão (PSB), que é presidente da Câmara, Thales Luiz Peixoto Cavalcante, o Thales Diniz (PSB), 1º secretário da Casa, e Maria das Graças Lins Calheiros (PMDB), que está de licença médica.
Em declaração ao Tudo na Hora, negou que houve corrupção na venda do terreno, já que o imóvel foi desapropriado pelo valor de R$ 700 mil e foi vendido para a construtora pelo mesmo valor para a construção de casas populares. "Nosso objetivo era reduzir o défict habitacional de Rio Largo. Tudo não passa de uma manobra para desestabilizar minha candidatura à reeleição", ressaltou.
No entanto, os movimentos contra corrupção em Rio Largo juntaram documentos que comprovam que o terreno é avaliado em cerca de R$ 21 milhões.
Os vereadores foram presos porque autorizaram a venda do terreno pela prefeitura para a construtora. Os parlamentares são acusados de terem recebido propina para aprovar o projeto.

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