sábado, 26 de maio de 2012

Falta de efetivo trava abertura de nova Delegacia


Prédio recebe os últimos retoques
A inauguração da nova Delegacia de Homicídios era para acontecer em maio, mas a carência de efetivo na instituição deve levar a um atraso na inauguração da unidade considerada pelos órgãos da Segurança Pública como fundamental para a redução nos assassinatos em Alagoas.
O prédio localizado na Praça Sinimbu, no Centro de Maceió, já foi totalmente reformado e equipado. Agora, a tarefa é selecionar agentes, escrivães e delegados que irão trabalhar na nova Delegacia de Homicídios. O projeto prevê que a unidade tenha efetivo de seis delegados e cerca de 60 policiais. O trabalho, entretanto, é saber de onde retirá-los sem prejudicar o trabalho de investigação em outras áreas.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, o próprio delegado-geral, José Edson de Freitas Júnior, vem se reunindo com diretores de áreas para a seleção dos policiais civis que irão trabalhar na nova delegacia. No entanto, o argumento não é a falta de efetivo, mas de encontrar os policiais qualificados para o trabalho. "É preciso um policial que tenha perfil para apurar esse tipo de crime, já que estamos montando uma equipe altamente qualificada", explicou o delegado-geral.
O que já está definido é que a atual delegada de Homicídios de Maceió, Sheila Carvalho Dantas, irá coordenar a nova equipe. Ela explicou que apenas os casos em que o acusado for preso em flagrante, ou onde o local do crime não esteja preservado, ficarão sob a responsabilidade das distritais, o que deverá desafogar as atividades dessas delegacias para que possam atuar na apuração de outros tipos de crimes. “Anteriormente, a especializada investigava apenas casos em que a autoria do crime fosse desconhecida. Nessa nova fase, vamos investigar mesmo que o autor seja conhecido”, completa.
O projeto de criação da nova Delegacia de Homicídios feito pela Secretaria de Defesa Social é considerado pelo secretário Dário Cesar como um embrião do Departamento de Homicídios que deve investigar crimes desta natureza ocorridos em todo Estado. "O local do assassinato fala e a polícia tem que iniciar seu trabalho de investigação lá. Na missa de 7º Dia todo mundo já fica em silêncio, por isso a importância da criação de um departamento especializado", frisou.
No entanto, o projeto de criação do Departamento de Homicídios somente deve sair do papel depois que a Polícia Civil aumentar seu efetivo através de concurso público.
O problema é que o concurso público que estava previsto para ser realizado em junho deste ano também ainda não tem data para a publicação do edital. O certame seria realizado pelo Centro de Seleção Promoção e Eventos, da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), mas a contratação da empresa foi barrada pela Procuradoria Geral do Estado. O argumento da PGE foi de que é preciso realizar licitação pública, já que a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) também tem interesse de organizar o processo de seleção.

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