sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nova regra da poupança começa a valer nesta sexta, veja o que muda


Poupança ainda é bom investimento, segundo garantiu ministro da Fazenda
Começa a vigorar nesta sexta-feira (4) a nova regra para os rendimentos da poupança. A mudança, definida por uma medida provisória, valerá apenas para novos depósitos, ou seja, para novas aplicações em contas antigas e para todos os depósitos de contas novas.

Cada vez que a taxa básica de juros, a Selic, chegar a 8,5% ou menos, as cadernetas de poupança terão rendimento anual inferior aos 6,17% praticados atualmente.

Isso irá ocorrer porque o rendimento da poupança passará a ser atrelado à Selic sempre que a taxa chegar ao patamar de 8,5% ou menos. Nesses casos, as poupanças vão render 70% da Selic, mais TR (Taxa Referencial). Até então, elas tinham um reajuste fixo em lei de 6,17% ao ano, mais TR.
Hoje, a Selic é de 9% ao ano. O novo valor da taxa básica de juros será conhecido no dia 30 de maio, após reunião do Copom (Comitê Político Monetário).

Na prática, o poupador vai sentir queda no rendimento das suas aplicações, que deverão render o mesmo que outros fundos de investimento. 

A mudança foi anunciada nesta quinta-feira (3) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele reforçou que a poupança continua sendo um bom investimento. "Não tenho a menor ideia do que vai acontecer com a taxa Selic, mas não queremos ser responsáveis sobre o que pode acontecer se a taxa cair mais. Se a taxa vai baixar ou não, não tenho a menor ideia. Mas, pela evolução do cenário, nós temos que deixar o sistema pronto para que a taxa caia. (…) A caderneta continua sendo um dos melhores investimentos para a maioria da população. A poupança vai continuar crescendo, ela não paga imposto de renda, não paga taxa de administração.

Fundos de investimento
Guido Mantega destacou, ainda, que as instituições bancárias deverão diminuir as taxas de administração de outros fundos de investimento para que elas fiquem competitivas com a poupança. Isso deve acontecer, segundo ele, porque as cadernetas, que não pagam taxa de administração ou sofrem débito do imposto de renda, vão ficar mais atrativas para os poupadores.

O Presidente Nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, é a favor da medida, mas diz que é preciso ainda “analisar os impactos em outros fundos”.

Atualmente,  o Brasil computa 100 milhões de cadernetas de poupança e R$ 431 bilhões poupados.

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