quarta-feira, 25 de abril de 2012

Polícia: Caso Giovanna: gravação incrimina caminhoneiro; ouça - TUDO NA HORA - O portal de notícias de Alagoas


A 17ª Vara Criminal da Capital decretou na tarde desta quarta-feira (25) a prisão do caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino, acusado de ser o autor material do assassinato de Giovanna Tenório, ocorrido em 02 de junho do ano passado. O acusado está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e foi denunciado pelo promotor da 8ª Vara Flávio Gomes da Costa pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, seqüestro e furto do celular que a vítima usava no dia de seu desaparecimento.
O decreto de prisão teve como base a interceptação de um telefonema entre Luiz Alberto e sua esposa, Sonei Soares de Melo. Na ligação, a mulher pergunta se Luiz Alberto já havia “jogado” algo. Para a polícia, Sonei pergunta se Luz Alberto jogou fora alguma coisa, para se livrar de provas. A bolsa da estudante e o colchão da casa dele foram incinerados
O diálogo entre o caminhoneiro e a esposa é o seguinte:
[Sonei Alves] - Não disse nem tchau...
[Luiz Alberto] - Hein?
[Sonei Alves] - Disse nem tchau...
[Luiz Alberto] - Não tô entendendo!
[Sonei Alves] - Disse nem tchau...
[Luiz Alberto] - Eita, viu não que eu mandei um beijinho, não?
[Sonei Alves] - Não... Já chegou?
[Luiz Alberto] - Já, tô aqui esperando... (inaudível)
[Sonei Alves] - Tá... Jogou o negócio?
[Luiz Alberto] - Hein?
[Sonei Alves] - Jogou o negócio?
[Luiz Alberto] - Num tô entendendo!
[Sonei Alves] - Jogou o negócio?
[Luiz Alberto] - Joguei.
Além disso, uma testemunha ouvida na audiência da última segunda-feira (23) confirmou ter lido no celular da amiga Giovanna mensagens recentes de ameaças fortes enviadas por Mirela Granconato, esposa de Toni Bandeira, acusada de mandante do crime.
No entanto, quando o celular da vítima foi encontrado com o caminhoneiro, não havia qualquer mensagem. Todas haviam sido apagadas. No celular antigo de Giovanna, encontrado em casa por sua mãe após a morte, havia mensxagens ameaçadoras de Mirela, enviadas no ano anterior. 
A acusação é a de que Luiz Alberto praticou o crime a mando de Mirela, que negou qualquer envolvimento na audiência desta semana e segue presa.
O pedido de prisão e a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual e assinado pelo promotor Flávio Gomes da Costa foram protocolados no dia 19 de março. Para o órgão, o fato de não haver uma ligação direta entre Mirela e o caminhoneiro não invalida os indícios encontrados.
Entre os nove pontos que fundamentaram a denúncia do MP contra Luiz Alberto e sua esposa estão evidências consideradas fortes. Confira:
- No dia seguinte ao crime, Sonei Soares de Melo, companheira do caminhoneiro, passou a usar, com outro chip, o aparelho celular que estava com Giovanna Tenório quando ela desapareceu.
- Luiz Alberto se contradisse diversas vezes durante os depoimentos prestados à polícia sobre os locais onde esteve nos dias 2 e 3 de junho.
- O rastreamento das ligações de celular feitas pelo caminhoneiro no dia do crime mostra que ele esteve no mesmo local onde Giovanna desapareceu e na região onde o corpo da estudante foi encontrado.
- Questionado sobre como adquiriu o celular da estudante morta, Luiz Alberto afirmou que comprou o aparelho na Feira do Rato, mas o rastreamento das ligações mostra que ele nunca esteve no local.
- As investigações da polícia apontaram que a toalha de mesa em que o corpo de Giovanna estava enrolado quando foi encontrado era idêntico à encontrada na casa dos pais de Luiz Alberto. Sua esposa reconheceu já ter visto a toalha marrom na casa da sogra. 



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